Em tempos de internet, muitas pessoas compartilham online as diversas fases de suas vidas com familiares e amigos. Quando se trata de celebridades, o público se expande tanto quanto a curiosidade acerca de tudo que se passa com elas. É o caso dos influenciadores e ex-BBBs Viih Tube e Eliezer, que tiveram seu relacionamento e a chegada de sua primogênita Lua acompanhados de perto por seus milhões de seguidores.
Toda essa audiência, somada ao carisma do casal, reverberou positivamente para o lançamento, no último Dia das Mães, da marca infantil Baby Tube, com peças inspiradas em sua filha. O projeto engloba uma série de brinquedos e artigos para crianças que serão desenvolvidos conforme o crescimento de Lua. Em 24 horas do lançamento, mais de 30 mil pedidos foram feitos, o que somou cerca de R$2 milhões em vendas de produtos.
Só que nem tudo são flores para os papais de primeira viagem, apesar de anunciaram recentemente uma parceria para a distribuição de sua linha com uma das maiores redes varejistas de brinquedos no país: a Ri Happy. A marca Baby Tube já apresenta registro similar no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) por outro titular. Ou seja, os empreendedores não se atentaram à disponibilidade do nome antes de iniciar o projeto.
Quem está por dentro do mercado de produtos para bebês provavelmente recordou, por associação ao nome, uma famosa marca infantil de itens para banho: a BabyTub, conhecida por seus ofurôs. Acontece que ela, ainda que de maneira não tão abrangente, possui o registro de sua marca em diversas classes no INPI. Inclusive, entrou com uma solicitação para a classe 28 (jogos e brinquedos), após o processo aberto por Viih Tube.
A questão é que dois dos três pedidos de registro feitos pela empresa da influenciadora já receberam oposição por parte da BabyTub, o que poderá resultar no indeferimento do registro perante o órgão e, por consequência, na sua notificação por uso indevido da marca. Aí, nem a força de seus quase 30 milhões de seguidores poderá impedir a possibilidade do pagamento de indenizações ou multas, caso prossiga com o projeto.
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A reviravolta, digna de uma trama de reality show, ambiente tão familiar aos papais famosos de Lua, é mais comum do que se imagina. Milhares de empreendedores esquecem de incluir o registro de suas marcas em seus planos de negócios e entram com o pedido tardiamente no INPI. Logo, investimentos no desenvolvimento de produtos e/ou serviços, identidade visual, marketing e embalagem, entre outros, acabam jogados fora.
É bem capaz que a recém-criada Baby Tube passe por um rebranding em breve. Tomara que, depois do susto, Viih Tube e Eliezer, assim como tantos outros no Brasil, evitem novos transtornos desse tipo no futuro. Vale lembrar ainda que, na hora de registrar, é preciso ficar atento às possibilidades de expansão do seu negócio – as classes que ele pode abraçar um dia. Não deixar para a concorrência o limite de sua prosperidade em um projeto.
Dono(a) da marca é quem a registra no INPI, único órgão que concede a prioridade de seu uso para fins comerciais no país e a sua proteção legal. A propósito, Viih, tá na hora de ampliar a proteção da sua marca pessoal. Tem processo aberto, prestes a ser definido, com outro titular, nas classes 35 e 41. Cuidado para não perder o direito ao seu nome artístico. Eliezer já entrou com pedidos para proteger o dele, Eli, de forma mais ampla.
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